O autor guatemalteco Eduardo Halfon apresenta seu mais recente livro, ‘Tarântula’, onde narra as experiências de um jovem durante um acampamento judia na Guatemala, nos anos 80. A história começa com um evento perturbador que simboliza tanto o medo infantil quanto um trauma histórico mais amplo, refletindo a herança de violência no país. Através de suas memórias, Halfon propõe uma reflexão sobre como as experiências pessoais se entrelaçam com as feridas coletivas de um povo.
Em ‘Tarântula’, Halfon utiliza sua formação como um homem latino-americano e judeu para abordar questões de memória e trauma. Ele destaca que as guerras e seus efeitos nunca realmente desaparecem, moldando a experiência de vida e a narrativa de quem herda tais legados. O autor sugere que a literatura pode ser uma forma de reconstruir essas memórias, mesmo que de maneira não linear, e que a ficção é um meio poderoso para expressar essas realidades.
O livro provoca uma reflexão sobre o papel da literatura na sociedade contemporânea e os desafios que os escritores enfrentam em um mundo dominado pela tecnologia. Halfon enfatiza que, apesar das inovações, a essência da escrita permanece a mesma: transmitir emoções e experiências humanas. ‘Tarântula’ não é apenas uma exploração do passado, mas também um convite para pensar sobre o presente e o futuro da narrativa literária.

