A embaixadora Liliam Chagas, à frente das negociações climáticas do Brasil, enfrenta o desafio de avançar na COP30, que ocorre em um contexto global conturbado. Com a Europa priorizando a defesa em meio à guerra na Ucrânia e a recusa dos Estados Unidos em participar, as discussões se tornam ainda mais complexas, especialmente com a resistência de alguns países africanos em tomar decisões. O Brasil conseguiu evitar que os temas mais controversos dominassem os primeiros dias da conferência.
As conversas em torno dos pontos polêmicos ainda não resultaram em acordos, mas já se iniciaram discussões construtivas. A embaixadora Chagas enfatiza a importância de abordar questões como financiamento e transparência para que as negociações avancem. O Brasil propõe um processo equilibrado, incentivando soluções que atendam aos interesses de diferentes países, sem que eles fiquem presos em suas posições iniciais.
Chagas se mostra otimista quanto à possibilidade de um resultado positivo, embora reconheça que a dinâmica das negociações pode ser volátil. A insistência de alguns países africanos em adiar certas definições pode comprometer o andamento da conferência. O sucesso da COP30 é vital para o cumprimento dos objetivos do Acordo de Paris, que busca quantificar o progresso em ações contra o aquecimento global.


