Na COP30, realizada em Belém do Pará, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório que estima um aumento significativo na demanda global por ar-condicionado, que pode triplicar até 2050. Esse crescimento é impulsionado por ondas de calor extremo, aumento populacional e ascensão econômica, conforme o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) ressaltou em seu estudo lançado no evento.
O PNUMA adverte que, caso essa demanda se concretize, as emissões de gases de efeito estufa poderão dobrar em comparação aos níveis de 2022, atingindo cerca de 7,2 bilhões de toneladas de CO₂e até 2050. A diretora-executiva da organização, Inger Andersen, enfatizou a importância de considerar o acesso ao resfriamento como uma infraestrutura essencial, comparando-a a água e energia. Para mitigar essa situação, ela propõe soluções de resfriamento sustentáveis, que utilizam técnicas passivas e energeticamente eficientes.
A adoção de métodos sustentáveis poderia não apenas reduzir os custos de energia em até US$ 17 trilhões até 2050, mas também evitar investimentos de até US$ 26 trilhões na expansão da rede elétrica. Além disso, tais medidas têm o potencial de diminuir em 64% as emissões de gases de efeito estufa previstas para o futuro. A ONU destaca a urgência de soluções inovadoras para enfrentar as crescentes necessidades de resfriamento em um mundo em aquecimento.


