O Pantanal enfrenta a mais severa seca dos últimos 40 anos, segundo levantamento do MapBiomas publicado em novembro de 2025. Em 2024, a superfície de água no bioma reduziu em 3%, com 61% da área alagada abaixo da média histórica. Esse cenário representa um dos menores índices de alagamento desde o início da série histórica, em 1985.
O relatório revela que a planície pantaneira registrou apenas 365.678 hectares de superfície de água em 2024, uma diminuição significativa em comparação a anos anteriores. A seca prolongada não apenas afetou o ciclo de inundação, mas também aumentou a frequência de queimadas, com cerca de 2,2 milhões de hectares queimados, colocando o ano entre os três com mais focos de incêndio desde 1999.
As implicações dessa severa seca são alarmantes, pois a perda de áreas úmidas e a expansão de atividades como pastagem e mineração aumentam a vulnerabilidade do bioma. Em 40 anos, o Brasil perdeu aproximadamente 12% das áreas úmidas, refletindo um impacto negativo sobre a biodiversidade local e os ecossistemas naturais. A continuidade desse cenário pode agravar ainda mais a situação ambiental do Pantanal nos próximos anos.


