O governo federal está em processo de articulação para promover mudanças no projeto de lei Antifacção, que atualmente está sendo relatado por Guilherme Derrite, secretário licenciado de Segurança Pública de São Paulo. A expectativa é que a votação, prevista para esta quarta-feira, seja adiada para permitir uma discussão mais aprofundada sobre as propostas de alteração já identificadas pelo Ministério da Justiça.
Entre as principais preocupações do governo estão mudanças que possam retirar recursos da Polícia Federal e o risco de que manifestantes sejam enquadrados como membros de organizações criminosas. O governo já sinalizou que o novo texto deve evitar sobreposições legais e garantir a comunicação necessária entre a Polícia Federal e os governadores sobre investigações, aspectos que foram considerados inegociáveis anteriormente.
Com essa estratégia, o Planalto pretende assegurar que o projeto final atenda às necessidades de segurança pública sem comprometer a atuação das forças policiais. O adiamento da votação permitirá que essas questões sejam discutidas de forma mais abrangente, refletindo um compromisso com a transparência e a proteção dos direitos civis em meio ao debate legislativo.


