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Alemanha adia investimento no fundo florestal do Brasil por riscos financeiros

Marcela Guimarães
Tempo: 1 min.

Durante a Cúpula dos Líderes que precedeu a COP30 em Belém, a Alemanha anunciou que não irá investir no Fundo Florestas para Sempre (TFFF), gerando incertezas sobre a viabilidade financeira do projeto. A decisão foi atribuída ao elevado risco do modelo proposto pelo Brasil, que envolve a aplicação de recursos públicos e privados em títulos de dívida de países emergentes, segundo diplomatas ouvidos.

O TFFF, que visa mobilizar US$ 125 bilhões para a conservação das florestas tropicais, foi concebido pelo governo brasileiro em colaboração com o Banco Mundial. Entretanto, especialistas têm criticado a abordagem financeira do fundo, apontando que a premissa de retornos elevados em títulos de economias emergentes pode ser ilusória e expõe os investidores a riscos significativos, o que levou a Alemanha a adiar seu aporte até que as questões financeiras sejam esclarecidas.

Com a cautela da Alemanha e a possibilidade de outros países, como o Reino Unido, também hesitarem, a captação de recursos para o TFFF enfrenta desafios consideráveis. O governo brasileiro busca agora levantar US$ 10 bilhões em um ano para iniciar as operações do fundo, mas a falta de compromissos financeiros pode comprometer o futuro do programa de conservação das florestas.

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