A indústria automotiva no México, que se beneficia de componentes chineses, enfrenta um novo cenário devido à guerra tarifária promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, propõe uma reforma que inclui tarifas sobre importações da China e de outros países, com a votação prevista para o final de novembro. Essa iniciativa visa enfrentar o crescente déficit comercial do México com a China, que atingiu quase 120 bilhões de dólares em 2024.
A indústria local, incluindo empresas como a Aumovio, que monta telas automotivas em Guadalajara, expressa preocupação com as tarifas propostas. Aumovio e outros fabricantes alertam que a construção de cadeias de suprimento nacionais exigiria investimentos significativos e tempo, além de impactar os preços aos consumidores. Enquanto algumas empresas vêem oportunidades nas mudanças, outras temem que a elevação das tarifas cause aumento nos custos e desafios operacionais.
O cenário se complica com a necessidade de equilibrar as relações comerciais com os Estados Unidos, que são o maior parceiro do México, e a dependência de componentes da China, que são essenciais para a produção local. A discussão sobre as tarifas terá desdobramentos significativos para a indústria automotiva e para a economia mexicana como um todo, com potenciais impactos sobre a competitividade e o custo de vida.

