As negociações da COP30, realizadas em 11 de novembro de 2025, mostram progresso limitado, com 112 das 194 nações signatárias ainda sem apresentar suas novas metas de redução de emissões. Ana Toni, CEO da conferência, informou que, embora haja avanços em temas como transição justa e gênero, a maioria dos países não formalizou suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), o que gera preocupação sobre a capacidade da conferência em atingir seus objetivos.
Os desafios se intensificam com a ausência de grandes emissores, como Índia e Arábia Saudita, que não entregaram suas NDCs, ampliando as tensões entre países desenvolvidos e emergentes. O foco das negociações inclui a criação de um “roadmap da transição justa”, essencial para substituir gradualmente combustíveis fósseis por energias limpas. Além disso, iniciativas como o Mutirão contra o Calor Extremo buscam acelerar políticas urbanas frente às mudanças climáticas.
O ministro das Cidades do Brasil, Jader Filho, enfatizou a necessidade de uma abordagem centrada nas cidades, buscando financiamento direto para estados e municípios. Nos bastidores, diplomatas brasileiros defendem a criação de um Conselho do Clima vinculado à ONU, que poderia assegurar que as decisões tomadas nas COPs se traduzam em políticas concretas. Essas estratégias visam fortalecer a governança climática global e garantir que os compromissos se tornem realidade prática.


