Em uma medida audaciosa, o governo da Holanda decidiu no final de setembro assumir o controle da Nexperia, uma fábrica de chips de origem chinesa, o que quase levou a indústria automobilística europeia à paralisação. Essa ação intensificou as tensões comerciais entre a Europa e a China, ressaltando a vulnerabilidade do continente em relação ao suprimento de componentes eletrônicos essenciais.
Nos últimos dias, a situação começou a se desanuviar, com a China anunciando que iria aliviar as restrições sobre o fornecimento de chips automotivos para a União Europeia. Essa decisão foi acolhida com alívio nas fábricas de automóveis ao redor do mundo, que temiam uma crise de fornecimento. Especialistas alertam, no entanto, que a Europa deve se posicionar contra a utilização por Pequim de suprimentos vitais como uma ferramenta de pressão.
As intervenções no setor de tecnologia demonstram como a competição geopolítica pode impactar a economia global. A capacidade da Europa de se proteger contra a dependência de fornecedores chineses será crucial nos próximos anos. O desfecho dessa disputa comercial poderá moldar não apenas o futuro da indústria automobilística, mas também as relações comerciais entre as potências mundiais.


