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Maduro critica EUA e defende soberania latino-americana em carta à CELAC

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, enviou uma carta aos líderes da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), reunidos em Santa Marta, Colômbia, onde denunciou as operações militares dos EUA no Caribe. Em sua comunicação, ele destacou a necessidade de uma resposta continental unificada diante das ações que, segundo ele, resultaram na morte de mais de 70 civis. Maduro enfatizou que a Venezuela não aceitará qualquer forma de tutela externa, referindo-se explicitamente à Doutrina Monroe.

No documento, Maduro traçou um paralelo histórico entre as tentativas de dominação no passado e as atuais movimentações militares dos EUA na região. Ele argumentou que as justificativas de segurança e combate ao narcotráfico servem apenas como eufemismos para a imposição de uma hegemonia, reiterando a importância da soberania dos estados latino-americanos. O presidente também apresentou quatro exigências principais, incluindo a criação de uma Zona de Paz na América Latina e o Caribe.

Maduro concluiu sua carta propondo a elevação da “Doutrina Bolivariana” como um novo princípio de independência para a região, em resposta ao que ele considera um ressurgimento da Doutrina Monroe. Ele fez um apelo à solidariedade entre os países da CELAC, ressaltando a necessidade de união frente a interesses externos que possam dividir a América Latina. Esta comunicação pode ter implicações significativas nas relações regionais e na forma como os países da CELAC respondem às pressões externas.

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