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Governador do Rio critica ministro após operação polêmica contra crime

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, fez comentários irônicos sobre o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, que criticou a recente Operação Contenção, ocorrida em comunidades do Rio, chamando-o de ‘paspalhão’. A declaração foi proferida durante a 56ª Convenção da Confederação Israelita do Brasil, em São Paulo, no último sábado (8). Castro defendeu a operação como o ‘início de um movimento’ contra o crime organizado, em meio a um contexto de críticas constantes sobre a abordagem do governo em relação à segurança pública.

As críticas de Boulos foram direcionadas a governadores alinhados ao ex-presidente, incluindo Castro, que, segundo ele, tratam comunidades inteiras como criminosas. O ministro enfatizou que o governo deve focar em investigações mais estruturadas, ao invés de ações que penalizam as populações vulneráveis. A resposta de Castro, que atacou diretamente a credibilidade do ministro, reflete a crescente tensão política entre os governadores de direita e o governo federal, especialmente em um cenário de insegurança crescente.

Essa troca de acusações também ocorre em um contexto mais amplo de debates sobre políticas de segurança pública no Brasil, onde a Operação Contenção foi marcada pela letalidade, resultando em 121 mortes, incluindo quatro policiais. A operação provocou reações negativas de entidades de direitos humanos, enquanto Castro reafirmou sua posição em favor da ofensiva das forças de segurança, prometendo um movimento contínuo contra a criminalidade. A situação ilustra a divisão entre diferentes abordagens no combate ao crime e as consequências políticas que podem surgir desse embate.

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