Um debate significativo ocorre na manhã desta segunda-feira, 10 de novembro, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), abordando a sentença que responsabilizou o Estado pela morte de Vladimir Herzog. O jornalista foi torturado e assassinado em 1975, e sua morte foi inicialmente classificada como suicídio pela ditadura militar, tese contestada pela família e opositores. O evento reúne juristas e defensores de direitos humanos que contribuíram para a responsabilização estatal nesse caso emblemático.
Durante o debate, serão apresentadas reflexões sobre o contexto histórico da tortura e assassinato de Herzog, com a participação de historiadores e advogados. Em 2013, a certidão de óbito de Herzog foi alterada para refletir que sua morte ocorreu devido a maus-tratos, e o Brasil foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos em 2023. A discussão desta manhã é parte das atividades que marcam os 50 anos da morte do jornalista, reforçando a luta pela memória e a verdade.
O encontro também busca promover um diálogo sobre a importância dos direitos humanos e a necessidade de evitar que violências passadas se repitam. A iniciativa do Instituto Vladimir Herzog ressalta o papel fundamental de lembrar os eventos históricos para fortalecer a democracia. A participação ativa da sociedade civil e de instituições jurídicas é crucial para garantir que a verdade prevaleça e que a história não seja esquecida.


