A COP30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, ocorrerá em Belém de 10 a 21 de novembro, marcando a primeira vez que o evento é realizado na Amazônia. Lula, em discurso na Assembleia Geral da ONU, destacou a importância do evento para revelar a realidade da região, que abriga comunidades vulneráveis, embora contribuam pouco para a crise climática. O presidente, que anunciou a sede da conferência em 2022, enfrenta agora desafios políticos que dificultam seu compromisso com a causa ambiental.
Desde sua posse, Lula tem lidado com um Congresso hostil e uma crescente extrema direita, que desviaram a atenção do combate à mudança climática. Especialistas, como o jornalista e ambientalista Claudio Angelo, apontam que Lula não mantém a mesma postura de liderança demonstrada em sua visita à COP do Egito em 2022. Além disso, sua administração é criticada por apoiar projetos de desenvolvimento que ameaçam as metas climáticas do Brasil, o que gera um vácuo de liderança no cenário internacional.
As contradições na política climática de Lula podem impactar a posição do Brasil nas negociações globais, especialmente com a ausência de outras potências como os Estados Unidos e a União Europeia. Embora o país tenha a oportunidade de se destacar na liderança climática, os desafios internos e a defesa de combustíveis fósseis complicam essa ambição. Assim, o futuro do Brasil em questões ambientais se torna incerto, refletindo a complexidade da situação global.


