Pesquisadores destacam a importância da curiosidade e da pesquisa básica para o avanço da medicina e da tecnologia. Juliana Helena Costa Smetana, professora do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), ressalta que descobertas como a estrutura do DNA surgiram de curiosidade, e sua aplicação prática só foi percebida anos depois.
O diretor-presidente do Instituto Serrapilheira, Hugo Aguilaniu, enfatiza que a pesquisa básica é vital por não ter um propósito imediato, permitindo maior liberdade criativa. Ele menciona marcos na genética que foram possíveis graças à curiosidade científica, como o desenvolvimento do CRISPR e a compreensão do RNA, que abriram novas possibilidades na biotecnologia e no tratamento de doenças.
Apesar de sua relevância, a ciência básica enfrenta desafios, como a priorização de projetos com resultados rápidos. Juliana e Helena Nader, presidente da Academia Brasileira de Ciências, alertam que a desvalorização da pesquisa pura pode limitar grandes descobertas futuras. A colaboração interdisciplinar e internacional é fundamental para enfrentar problemas globais e garantir que a ciência continue a transformar o mundo.


