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Exame de imagem prevê riscos cardíacos em pacientes com Chagas

Eduardo Mendonça
Tempo: 2 min.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, conduziram um estudo inovador que analisa a deformação do miocárdio durante a contração para prever riscos cardíacos em pacientes com doença de Chagas. O exame, que utiliza o índice global longitudinal strain (GLS), mostrou-se eficaz ao avaliar 77 pacientes ao longo de três anos, destacando-se como uma ferramenta importante para prever desfechos na cardiomiopatia chagásica crônica.

A cardiomiopatia chagásica, resultante da infecção pelo parasita Trypanosoma cruzi, pode levar a complicações graves, incluindo a morte súbita. O estudo revelou que pacientes com um GLS inferior a -13,8% enfrentam maior risco de morte e complicações, estabelecendo o GLS como um preditor independente de riscos, mesmo após ajustes por variáveis como idade e sexo. Isso sugere que a técnica pode ser uma alternativa valiosa em regiões onde o diagnóstico da doença é subdiagnosticado.

Os pesquisadores enfatizam que, embora a ecocardiografia com GLS seja uma opção mais acessível e repetível em comparação com técnicas mais caras, como a ressonância magnética, sua implementação em larga escala ainda enfrenta desafios. A complexidade da técnica requer formação especializada, mas representa um avanço significativo na estratificação de risco para cardiopatia chagásica, oferecendo uma nova ferramenta para decisões clínicas mais assertivas.

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