Um estudo recente publicado na revista Academic Emergency Medicine mostra que 42% dos pacientes que procuram atendimento de emergência por dor torácica de baixo risco apresentam ansiedade grave. A pesquisa, realizada nos Estados Unidos, indica que muitos desses casos não estão relacionados a problemas cardíacos, mas sim a distúrbios psicológicos que necessitam de tratamento adequado. O reconhecimento dessas condições é fundamental para oferecer um atendimento mais eficaz e direcionado.
Os dados revelam que a dor torácica pode ser um sintoma de ansiedade, frequentemente acompanhada de outras comorbidades psicológicas, como depressão e transtornos do pânico. A cardiologista Juliana Soares, do Einstein Hospital Israelita, ressalta que até um terço dos pacientes com dor de baixo risco pode ter um quadro de ansiedade. A identificação e o tratamento dessas condições são cruciais para evitar retornos desnecessários ao pronto-atendimento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
O estudo sugere que o acompanhamento psicológico e a utilização de medicamentos ansiolíticos podem ser estratégias eficazes para lidar com a dor torácica relacionada à ansiedade. A médica enfatiza a importância de um encaminhamento ativo dos pacientes para profissionais capacitados, a fim de garantir um tratamento holístico. Assim, a abordagem integrada pode não apenas aliviar os sintomas, mas também prevenir complicações emocionais futuras.