Durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia, realizada em Santa Maria, na Colômbia, no dia 9 de novembro, o presidente colombiano Gustavo Petro denunciou a ‘barbárie’ que afeta a região. Em sua fala, ele enfatizou a necessidade de um pacto democrático entre a Europa e a América Latina, destacando a urgência de abordar questões de autoritarismo e imperialismo que ameaçam a soberania dos países latino-americanos.
Petro criticou diretamente as ações do governo dos Estados Unidos, mencionando as sanções e a operação militar autorizada por Donald Trump para combater o tráfico de drogas no Mar do Caribe. Ele advertiu que tais medidas estão ligadas a uma pressão sobre regimes como o de Nicolás Maduro, da Venezuela, e ressaltou a importância de resgatar a humanidade livre e o multilateralismo nas relações internacionais. A cúpula, que reuniu líderes de 60 países, visa, entre outros objetivos, fomentar o diálogo e as negociações de acordos de livre comércio.
Com a aprovação esperada da Declaração de Santa Marta e do Mapa do Caminho 2025-2027, os líderes buscam transformar as discussões em ações concretas de cooperação. A presença de Lula, presidente do Brasil, como um dos poucos chefes de Estado latino-americanos no evento, destaca o papel do Brasil nas dinâmicas regionais. As declarações de Petro podem influenciar futuras relações diplomáticas e econômicas entre a América Latina e a Europa, especialmente em um contexto de crescente tensão internacional.


