Um novo estudo australiano indica que ouvir música pode reduzir o risco de demência em até 40% entre idosos. A pesquisa, publicada no International Journal of Geriatric Psychiatry, analisou dados de 10.893 australianos com 70 anos ou mais, que residiam em comunidades de aposentados e não tinham diagnóstico de demência. Durante o acompanhamento, aqueles que ouviam música regularmente apresentaram uma probabilidade significativamente menor de desenvolver demência e problemas cognitivos.
Os resultados mostraram que ouvir música estava associado a um melhor desempenho em testes de cognição geral e memória episódica. Entre os participantes que tocavam instrumentos, a redução no risco de demência foi de 35%, embora não houvesse melhorias significativas em outros tipos de comprometimento cognitivo. O estudo também destacou que a escolaridade desempenha um papel importante, com benefícios mais expressivos para aqueles com maior nível educacional.
Os pesquisadores, liderados pela especialista Emma Jaffa da Universidade Monash, afirmam que as atividades musicais podem ser uma estratégia acessível para promover a saúde cognitiva em adultos mais velhos. Embora a causalidade não possa ser confirmada, a pesquisa sugere que manter o hábito de ouvir música pode oferecer estimulação cognitiva benéfica e ajudar a reduzir o risco de demência, especialmente em um contexto onde a perda auditiva é um fator de risco conhecido para a doença.


