O populismo é uma prática política que se concentra nos interesses do povo em oposição às elites, tornando-se uma força significativa nas democracias contemporâneas. Historicamente, essa abordagem prospera em momentos de crise, onde líderes carismáticos prometem soluções simples para problemas complexos, frequentemente desconsiderando a verdade e a institucionalidade democrática.
A análise revela que o populismo não apenas desafia as instituições, mas provoca uma erosão da democracia, tornando-se uma doença crônica que a sociedade precisa enfrentar. No Brasil, a polarização entre extremos políticos tem alimentado essa retórica, dificultando o diálogo e o entendimento entre diferentes segmentos da população. O recente episódio da “operação contenção” exemplifica os desafios que as lideranças políticas enfrentam ao lidar com questões de segurança pública e a necessidade de um compromisso com o interesse público.
As pesquisas indicam que a maior parte da sociedade brasileira se posiciona no centro do espectro político, longe dos extremos, e essa mobilização pode ser determinante nas eleições futuras. O autor alerta que a persistência do populismo pode levar os eleitores a se sentirem pressionados a escolher entre o “menos pior”, em um cenário onde as opções são limitadas e os desafios para a democracia se intensificam.


