Durante a COP30 em Belém, PA, o setor de seguros é considerado essencial nas discussões sobre mudanças climáticas, conforme afirma Dyogo Oliveira, presidente da CNSeg. O evento, que ocorre em novembro de 2025, pode marcar um ponto de virada ao incluir o setor na declaração final da conferência, um feito inédito. Segundo Oliveira, o reconhecimento das seguradoras como atores centrais na adaptação climática é um avanço significativo para a agenda global.
Oliveira ressalta que a proteção individual no Brasil é insuficiente, com cerca de 80% dos bens sem cobertura. Além disso, a criação de programas público-privados para proteger infraestruturas críticas é fundamental, exemplificado pelo modelo francês de seguros e garantias. O dirigente destaca a necessidade de um sistema de seguros que atenda tanto as áreas urbanas quanto o agronegócio, onde apenas 6% da área cultivada possui seguro rural apropriado.
O debate na COP30 também levanta a urgência de uma adaptação justa, priorizando as populações vulneráveis que sofrem mais com os efeitos das mudanças climáticas. Oliveira enfatiza que a proteção deve ser ampliada e que o tema dos seguros já está avançando nas discussões. O evento representa uma oportunidade de aprofundar a conexão entre desenvolvimento sustentável e proteção, com a CNSeg organizando a “Casa do Seguro” para debates relevantes.


