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Série ‘Tremembé’ provoca debate sobre crimes e humanização dos criminosos

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 1 min.

A série ‘Tremembé’, que estreou na Prime Video, gerou intensos debates ao retratar crimes famosos e suas consequências em um presídio. Inspirada no livro de Ullisses Campbell, a produção mistura comédia e drama ao abordar casos como os de Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga, levantando questões sobre a ética no entretenimento envolvendo tragédias reais.

O autor Ullisses Campbell afirma que sua intenção não é romantizar os crimes ou os criminosos, mas sim humanizá-los. Ele ressalta que esses indivíduos, apesar de suas ações, continuam a viver vidas normais, o que surpreende e choca o público. O personagem Daniel Cravinhos, por exemplo, é apresentado com nuances de arrependimento, algo que pode ser interpretado como vitimismo, conforme o autor explica em entrevistas sobre sua obra.

Apesar de defender sua narrativa, Campbell reconhece os limites éticos ao revisitar a dor de famílias afetadas, como a de Isabella Nardoni, que se recusou a assistir à série. Ele entende a decisão da mãe da vítima e enfatiza seu compromisso com a verdade na produção, que mescla ficção e documentário. ‘Tremembé’ se apresenta, assim, como uma obra que provoca reflexão sobre o papel da narrativa na representação de crimes e suas vítimas.

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