Em outubro, a inflação na China voltou a apresentar números positivos, com um aumento de 0,2% em relação ao ano anterior, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas. Essa é a primeira alta após meses de deflação, impulsionada por um aumento na demanda durante o Dia Nacional e o Festival do Meio Outono. O resultado superou as expectativas de estabilidade e representa o crescimento mais forte do ano até agora.
Apesar da recuperação do índice de preços ao consumidor, a deflação nas fábricas permanece, com o índice de preços ao produtor caindo 2,1% em relação ao ano anterior. Este é o 36º mês consecutivo de deflação nesse setor, embora a queda tenha sido ligeiramente melhor do que o esperado. O governo chinês tem implementado medidas para estimular a economia, mas enfrenta desafios como a baixa confiança do consumidor e a desaceleração das exportações.
Os dados mistos levantam questionamentos sobre a sustentabilidade da recuperação econômica. O governo chinês se comprometeu a fomentar o consumo interno e a reduzir a dependência de exportações, apresentando um plano de cinco anos focado em inovação e autossuficiência. No entanto, economistas alertam que a recuperação da inflação depende de fatores como o fortalecimento da renda das famílias e reformas fiscais necessárias para equilibrar a competição entre os governos locais e as indústrias.

