Facções criminosas se expandem em áreas abandonadas pelo Estado

Gustavo Henrique Lima
Tempo: 1 min.

Pesquisadores indicam um crescimento preocupante das facções criminosas, como o Comando Vermelho e o Terceiro Comando, que visam se nacionalizar e rivalizar com o PCC. Esse avanço tem como foco os estados do norte e nordeste, onde a rota de Solimões é vital para o tráfico de drogas. A ausência de atenção das autoridades nos portos nordestinos contribui para essa dinâmica criminosa.

No nordeste, a luta pelo controle territorial se dá em um contexto de ‘desbravamento’, diferente das guerras entre facções no Rio de Janeiro. A precariedade dos serviços públicos, como o transporte e a segurança, permite que as facções ocupem espaços abandonados pelo Estado. O ex-secretário nacional de Segurança, Ricardo Balestreri, afirma que o crime se organiza em áreas negligenciadas, tiranizando os moradores.

Para enfrentar essas facções, é essencial cortar seu financiamento e o acesso a armamentos pesados, que são adquiridos no exterior. O professor destaca que as armas utilizadas para o domínio territorial são sustentadas por um comércio ilícito sofisticado. Portanto, a solução para o problema do crime organizado requer uma abordagem abrangente, que envolva tanto a investigação financeira quanto a desarticulação do tráfico de armamentos.

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