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EUA priorizam fornecimento interno e limitam exportação de chips de IA

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Os Estados Unidos estabeleceram uma nova legislação que exige que os fabricantes de chips de inteligência artificial priorizem o atendimento ao mercado doméstico antes de realizar exportações para nações consideradas de risco. A medida, que integra a Lei de Autorização de Defesa Nacional para o Ano Fiscal de 2026, foi aprovada pelo Senado em 9 de outubro de 2025 e tem como alvo garantir o suprimento de semicondutores para setores estratégicos, como defesa e infraestrutura crítica.

A legislação determina que pedidos de clientes nos EUA, especialmente aqueles envolvidos em defesa e pesquisa científica, terão prioridade sobre encomendas internacionais. Com isso, as empresas americanas devem ajustar sua produção para atender primeiro ao mercado interno, o que pode gerar um efeito cascata na cadeia de suprimentos global. Essa estratégia de segurança nacional é parte de um esforço maior para proteger tecnologias críticas e evitar que sejam utilizadas em atividades hostis.

As implicações dessa legislação são significativas, especialmente para aliados que dependem do fornecimento de hardware de IA dos EUA, como Japão e Coreia do Sul. Para países em desenvolvimento, como o Brasil, essa nova prioridade pode aumentar o fosso tecnológico, dificultando o acesso a chips avançados e limitando inovações em inteligência artificial. Assim, a medida não apenas altera o cenário competitivo, mas também afeta a cooperação tecnológica global.

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