No último caderno de fim de semana do jornal Valor Econômico, o economista André Lara Resende abordou a questão da dívida pública, ressaltando sua natureza dual. Segundo ele, a dívida é um passivo para o setor público, mas se configura como um ativo valioso para o setor privado. Essa distinção é fundamental para compreender as implicações de qualquer plano de consolidação fiscal que vise a redução do endividamento do governo.
Resende argumenta que a administração da dívida pública não pode ser feita sem considerar os efeitos sobre a riqueza do setor privado. Qualquer estratégia que ignore essa dualidade pode levar a decisões que não atendam às necessidades econômicas de todos os envolvidos. Portanto, é essencial que políticas de consolidação fiscal sejam elaboradas com uma visão ampla, contemplando tanto o setor público quanto o privado.
As implicações das reflexões de Resende vão além do discurso econômico, pois tocam em questões de política pública e desenvolvimento econômico. À medida que o debate sobre a dívida pública avança, compreender essa dualidade pode ser a chave para soluções que promovam um equilíbrio saudável entre o endividamento governamental e a prosperidade do setor privado. Essa abordagem equilibrada pode resultar em um ambiente econômico mais sustentável e inclusivo.


