Mais de 150 psiquiatras assinaram uma carta expressando sua desaprovação em relação ao contrato firmado pelo Royal College of Psychiatrists com a Hamad Medical Corporation, prestadora de serviços de saúde do governo do Qatar. O acordo prevê a realização de exames internacionais em Doha, possibilitando que psiquiatras de diversas partes do Oriente Médio e além possam se candidatar à associação. A data de assinatura do contrato e a preocupação com os direitos humanos no país têm gerado uma onda de críticas entre os membros da instituição.
A controvérsia surge em um contexto em que o Qatar enfrenta sérias acusações de violações de direitos humanos, o que levou os signatários da carta a questionar a ética da parceria. Eles argumentam que a colaboração com um país com um histórico problemático em direitos humanos contraria os princípios fundamentais da profissão psiquiátrica, que busca promover a saúde mental e o bem-estar. O descontentamento está se espalhando entre os membros do Royal College, refletindo uma crescente preocupação sobre as implicações da escolha do local para a realização dos exames.
As repercussões dessa parceria podem impactar não apenas a reputação do Royal College of Psychiatrists, mas também suas relações com outras organizações de saúde e profissionais da área. A situação levanta questões sobre como as instituições de saúde devem se posicionar em relação a países com registros de abusos. Os desdobramentos dessa controvérsia poderão influenciar futuras decisões sobre parcerias internacionais e a forma como as organizações abordam questões éticas em suas operações.


