No décimo aniversário da tragédia de Mariana, ocorrida em 5 de novembro de 2015, a mineradora Vale S.A. ainda luta com processos judiciais bilionários nas justiças do Brasil, Inglaterra e Holanda. A tragédia, resultado do rompimento da barragem de Fundão, provocou a morte de 19 pessoas e gerou um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil, afetando milhares de vidas e ecossistemas ao longo do Rio Doce.
A Vale, que é controladora da Samarco, tem enfrentado ações civis e penais movidas pelo Ministério Público Federal desde 2016, com implicações que podem afetar severamente suas finanças e reputação. Embora a mineradora tenha estabelecido acordos de indenização que totalizam R$ 170 bilhões, as incertezas permanecem, pois os processos na Inglaterra e na Holanda ainda estão em andamento, com a empresa considerando remotas suas chances de perder nas cortes internacionais.
As ações judiciais continuam a gerar preocupações sobre o futuro da Vale, especialmente em um cenário de crescente escrutínio público e ambiental. A empresa não se pronuncia sobre processos em andamento, mas reconhece que a condenação pode acarretar danos financeiros e à sua imagem, complicando ainda mais sua posição no mercado e sua responsabilidade social diante das comunidades afetadas pela tragédia.