Na quinta-feira, a Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou a Administração Trump a implementar uma política que exige que os passaportes reflitam o sexo atribuído ao nascimento, bloqueando a escolha de marcadores que correspondam à identidade de gênero dos portadores. Essa decisão ocorre enquanto um processo judicial sobre a política ainda está em andamento, evidenciando tensões crescentes em torno dos direitos de indivíduos transgêneros e não binários.
A política em questão reverte décadas de práticas anteriores, nas quais os solicitantes de passaporte podiam escolher um marcador de sexo diferente do atribuído ao nascimento, desde que apresentassem documentos médicos de apoio. Críticos, incluindo a União Americana das Liberdades Civis, expressaram preocupações sobre como essa decisão pode aumentar o risco de discriminação e violência contra pessoas trans, ao forçá-las a portar documentos que não refletem sua identidade de gênero.
As implicações da decisão da Suprema Corte vão além do caso específico dos passaportes, refletindo uma tendência mais ampla de restrições aos direitos da comunidade LGBTQIA+ durante o segundo mandato de Trump. O impacto potencial de tais políticas pode afetar não apenas os indivíduos diretamente envolvidos, mas também a sociedade como um todo, ao fomentar um ambiente de discriminação e vigilância que pode prejudicar todos os cidadãos.


