A Suprema Corte dos Estados Unidos está avaliando a legalidade das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, em um caso que pode redefinir o alcance de sua autoridade comercial. Os juízes, ao longo de quase três horas de argumentos, manifestaram ceticismo quanto à capacidade de Trump de impor tarifas sem a aprovação do Congresso, uma prática que ele tem utilizado para moldar sua agenda econômica desde o início de seu segundo mandato.
As tarifas, que recaem sobre importações de diversos países e têm gerado receitas significativas para o governo, podem ser limitadas pela decisão da Corte. A vitória de Trump consolidaria sua capacidade de usar a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional para impor tarifas em resposta a situações que ele considera emergenciais. Contudo, uma derrota poderia resultar na devolução de bilhões de dólares arrecadados, impactando seu plano econômico e levantando preocupações entre democratas e republicanos no Congresso sobre o uso excessivo desse poder.
O desfecho do caso não apenas afetará a política comercial dos EUA, mas também terá implicações diretas sobre a relação entre o Executivo e o Legislativo. A possibilidade de um aumento na autoridade tarifária do presidente preocupa opositores, que já buscam reverter algumas das tarifas impostas. O resultado poderá influenciar a dinâmica política e comercial dos Estados Unidos, com efeitos em cascata que se estendem a múltiplas esferas da economia.

