Durante a COP30, o secretário-executivo do Observatório do Clima, Márcio Astrini, expressou preocupações sobre a falta de ações concretas para combater as mudanças climáticas, apesar dos discursos proferidos por líderes mundiais. Ele ressaltou que os últimos dez anos foram os mais quentes já registrados, indicando um agravamento da crise climática. Segundo Astrini, os termos frequentemente usados, como “ciência” e “ambição”, não têm se traduzido em resultados práticos.
O especialista enfatizou que 2023 estabeleceu um recorde de emissões de gases de efeito estufa, evidenciando a disparidade entre o discurso e a realidade. Além disso, ele apontou que as consequências das mudanças climáticas são visíveis e letais, prevendo mais de 250 mil mortes relacionadas a ondas de calor. Astrini também criticou a falta de comprometimento de países que mais contribuíram para a crise, como os Estados Unidos.
Apesar das críticas, Astrini reconheceu que as conferências climáticas, embora limitadas, ainda são a melhor alternativa disponível. Ele argumentou que, sem esses encontros, a situação poderia ser ainda mais grave, mas os resultados ainda estão aquém do necessário para enfrentar a emergência climática. O especialista concluiu que, embora imperfeitas, essas conferências oferecem uma plataforma para discussão e mobilização em torno de ações climáticas.

