Mercado de escritórios em SP revela disparidade entre regiões

Camila Pires
Tempo: 2 min.

O mercado de escritórios em São Paulo apresenta uma realidade polarizada, com a região da Faria Lima desfrutando de baixa vacância e aluguéis elevados, enquanto o eixo Chucri Zaidan enfrenta um cenário desafiador de alta oferta e dificuldades em repassar preços. Executivos de empresas do setor imobiliário, como a RBR Asset e o Patria, sinalizam que essa discrepância entre as áreas é um fator crucial que impede a correção dos valores na Faria Lima, mesmo com a Selic em 15%.

A análise dos especialistas sugere que a dinâmica do mercado está em constante transformação, com novos empreendimentos na Marginal do Pinheiros, que podem adicionar entre 200 mil e 500 mil m² ao estoque disponível nos próximos anos. Essa situação provoca uma pressão que pode agravar ainda mais os desafios de valorização na região, onde os aluguéis permanecem estagnados há mais de uma década. Além disso, a falta de viabilidade econômica para novos projetos fora dos eixos premium impede a retomada da construção civil, refletindo um ciclo restritivo.

Com a vacância alta e os custos de construção elevados, os investidores enfrentam um cenário complicado. A composição da vacância tem um impacto significativo no mercado, pois prédios vazios pressionam os preços, levando os proprietários a oferecer condições mais favoráveis para alugar. Esse panorama ilustra a complexidade do mercado imobiliário de São Paulo, evidenciando a necessidade de um equilíbrio entre oferta e demanda para garantir a recuperação do setor.

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