O ex-ministro Onyx Lorenzoni admitiu, em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, ter recebido R$ 60 mil de Felipe Macedo Gomes, ex-presidente de uma entidade de benefícios, para sua campanha ao governo do Rio Grande do Sul em 2022. A doação levantou suspeitas sobre a legalidade, especialmente após Lorenzoni confirmar que o valor era considerado uma vantagem indevida e que suas contas foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
O depoimento de Lorenzoni se insere em um contexto de investigações mais amplas, que envolvem fraudes na arrecadação de descontos de aposentados. O escândalo, revelado por reportagens do portal Metrópoles, culminou na Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal, que investiga a participação de diversas entidades e indivíduos em um esquema de fraudes. A CPMI busca esclarecer os vínculos e responsabilidades dentro desse esquema, que já resultou em demissões no governo.
As revelações de Lorenzoni trazem à tona questões relevantes sobre a transparência nas campanhas e o financiamento político no Brasil. Com a CPMI em andamento, espera-se que novas informações sejam reveladas, impactando não apenas os envolvidos diretamente, mas também o cenário político e a confiança pública nas instituições. A continuidade das investigações poderá resultar em mais desdobramentos legais e políticos para os envolvidos.

