A ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, foi libertada da prisão nesta quinta-feira, após quase cinco anos de detenção. A decisão do Supremo Tribunal do país anulou sua condenação por suposto envolvimento em um golpe de estado para assumir o poder. Aos 58 anos, Áñez deixou o Centro de Orientação Feminina de Miraflores, em La Paz, e fez declarações sobre a necessidade de derrubar o que chamou de ‘monstro’, referindo-se ao governo do partido Movimiento al Socialismo.
O contexto da libertação de Áñez é complexo e envolve um histórico de conflitos políticos na Bolívia. Sua administração, que durou de novembro de 2019 até novembro de 2020, foi marcada por uma violenta repressão a protestos que se sucederam após as controvérsias nas eleições de 2019. A decisão do Supremo Tribunal também reflete a polarização política no país, com influência significativa do partido que governou a Bolívia por quase duas décadas.
As implicações da libertação de Áñez podem ser profundas para a política boliviana, pois podem reavivar tensões entre os grupos que apoiam e se opõem a ela. Além disso, sua saída da prisão pode impactar o cenário eleitoral e a dinâmica do poder no país, especialmente com as próximas eleições em vista. A libertação também levanta questões sobre a justiça e a accountability em um contexto de instabilidade política.

