Relatório aponta falhas de segurança no Louvre antes de roubo de joias

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Um relatório do Tribunal de Contas da França, divulgado após o roubo de joias no Louvre, revelou que a direção do museu priorizou a aquisição de obras em vez de investir na segurança do acervo. O estudo, que analisou os anos de 2018 a 2024, destacou que apenas 26,7 milhões de euros foram destinados à segurança, enquanto 105,4 milhões foram usados para novas aquisições. Essa disparidade gerou críticas severas à administração do museu, que tem sido acusada de negligência.

As conclusões do relatório foram reforçadas pela ministra da Cultura, que criticou a administração do Louvre por subestimar os riscos de invasão. O furto, que ocorreu em plena luz do dia, expôs a vulnerabilidade do maior museu do mundo e levantou questões sobre a eficácia dos investimentos planejados, como o projeto de renovação intitulado Novo Renascimento. Segundo o Tribunal de Contas, o projeto foi iniciado sem estudos adequados, resultando em um aumento significativo do orçamento previsto.

Em resposta às críticas, a administração do Louvre afirmou que aceita a maioria das recomendações do relatório, mas ressaltou que os esforços em segurança não foram adequadamente considerados. Enquanto isso, a investigação policial avança lentamente, com alguns suspeitos já detidos, mas as joias permanecem desaparecidas. O caso continua a atrair atenção e levanta a necessidade de uma revisão abrangente das políticas de segurança no museu.

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