Meta lucra bilhões com anúncios fraudulentos, revelam documentos internos

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A Meta, gigante das redes sociais, foi flagrada ganhando aproximadamente 10% de sua receita anual, ou US$ 16 bilhões, com a veiculação de anúncios fraudulentos, conforme documentos internos obtidos pela Reuters. A empresa exibe cerca de 15 bilhões de anúncios de ‘maior risco’ diariamente, que incluem fraudes em comércio eletrônico e investimentos, expondo seus bilhões de usuários a riscos significativos. Apesar de reconhecer a gravidade da situação, a Meta demonstrou hesitação em tomar medidas mais rigorosas para reprimir esses anúncios, priorizando sua lucratividade.

Documentos internos indicam que a Meta tem enfrentado dificuldades em controlar a avalanche de fraudes que afetam suas plataformas. Profissionais de marketing suspeitos frequentemente contornam os sistemas de alerta da empresa, que só bloqueia anunciantes quando tem 95% de certeza de fraude. Em resposta à pressão regulatória, a Meta planeja reduzir sua dependência de receitas provenientes de anúncios fraudulentos, mas destaca que a remoção de tais conteúdos pode impactar suas projeções financeiras de forma significativa.

As implicações desse cenário são profundas, pois a Meta está sob crescente escrutínio por parte de órgãos reguladores, especialmente nos Estados Unidos e no Reino Unido, onde a empresa é acusada de facilitar fraudes financeiras. Especialistas alertam que a falta de supervisão no setor de publicidade digital permite que essas práticas prosperem, o que pode resultar em penalidades severas. Assim, a empresa se vê em um dilema entre a proteção de seus usuários e a manutenção de sua lucratividade, refletindo uma crise de responsabilidade social no ambiente digital.

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