O ex-treinador da seleção inglesa, Gareth Southgate, publicou ‘Dear England’, uma obra que promete explorar temas de liderança, mas que, segundo críticos, se limita a reflexões superficiais. Ao longo de 336 páginas, Southgate repete incessantemente termos como ‘líder’ e ‘liderança’, totalizando mais de 500 mencões, sem oferecer respostas convincentes a questões pertinentes sobre o tema, como a verdadeira essência do que significa liderar.
O título do livro causa confusão, uma vez que já é associado a uma peça de teatro e a uma série de TV do próprio autor, bem como a uma carta aberta que escreveu à nação em 2021. Os leitores são levados a um passeio por clichês do universo do futebol, o que pode frustrar aqueles que buscam uma análise mais profunda e crítica sobre liderança. Southgate parece se apegar a uma narrativa tradicional, sem explorar as complexidades do papel de um líder no esporte.
As implicações desta obra podem ser significativas, tanto para a carreira de Southgate quanto para a discussão mais ampla sobre liderança no esporte. Sua abordagem, que poderia ter se aprofundado em questões como a eficácia e a responsabilidade dos líderes, deixa um vazio que pode refletir na recepção do livro. A expectativa é que, em uma possível continuidade, o autor consiga abordar os questionamentos que ficaram em aberto, oferecendo uma visão mais rica e informativa sobre o tema.