Amazônia: Comunidades enfrentam ansiedade climática após seca histórica

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A seca extrema que assolou a Amazônia nos anos de 2023 e 2024 gerou um impacto psicológico profundo nas comunidades ribeirinhas. Moradores de Bom Jesus da Ponta da Castanha, na região de Tefé (AM), relatam que o estresse causado por essa situação é comparável ao vivido durante a pandemia da Covid-19. A estiagem, considerada a mais severa já registrada, secou rios, dificultando o acesso a alimentos e serviços essenciais.

Na comunidade, que conta com apenas 25 habitantes, o período de seca costumava ser visto como uma oportunidade de lazer, com o surgimento de praias que permitiam nadar e pescar. No entanto, a realidade atual transformou essas atividades em desafios, gerando incertezas sobre o futuro. A seca não apenas afetou a disponibilidade de recursos, mas também isolou a população, intensificando a preocupação com a saúde e a educação.

À medida que as condições climáticas se agravam, as implicações para a vida cotidiana das comunidades se tornam cada vez mais severas. Os moradores estão se adaptando a uma nova realidade, onde a ansiedade climática se torna parte integrante do cotidiano. O futuro dessas comunidades depende de ações estratégicas que abordem tanto a crise hídrica quanto as necessidades psicológicas geradas por essa situação.

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