Banco Central mantém Selic em 15% e descarta cortes imediatos

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O Banco Central do Brasil decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, uma medida esperada pelo mercado financeiro. Em comunicado, a autoridade monetária indicou que a expectativa de cortes nos juros foi adiada, com analistas projetando uma possível mudança no ciclo apenas em março de 2026. A comunicação do BC, no entanto, foi considerada levemente mais positiva em relação ao cenário econômico atual.

Os especialistas ressaltam que a decisão reflete uma política monetária ainda contracionista, com ênfase na necessidade de cautela diante de um mercado de trabalho aquecido. As análises apontam que, embora a inflação tenha mostrado sinais de arrefecimento, o Banco Central não deve alterar sua postura até que a projeção para 2027 se aproxime do centro da meta de 3%. Essa posição foi reafirmada por economistas, que sugerem que a mudança na Selic não deve ocorrer neste ano.

O cenário revela um Banco Central em busca de maior liberdade para agir no futuro, dependendo da evolução dos indicadores econômicos. Embora a autarquia tenha percebido um ambiente econômico um pouco mais benigno, a cautela ainda prevalece. A atual estratégia tem como objetivo garantir espaço para eventuais flexibilizações na política monetária, conforme as condições do mercado se ajustem.

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