A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou sua insatisfação em relação à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 15% ao ano, destacando que essa política monetária excessivamente restritiva está sufocando o crescimento econômico do Brasil. O presidente da CNI, Ricardo Alban, argumentou que a taxa atual é desnecessária, especialmente em um momento em que a inflação demonstra sinais de desaceleração, com o IPCA caindo de 5,5% em abril para 5,2% em setembro.
A CNI também apontou que 80% das indústrias consideram os juros altos como o principal obstáculo ao acesso a crédito, o que pode agravar a situação econômica do país. O aumento da taxa Selic e a elevação das taxas de juros para empresas e consumidores têm contribuído para a inadimplência crescente e uma desaceleração no crescimento do PIB, que registrou apenas 0,4% no segundo trimestre de 2025.
Diante desse cenário, a CNI propõe que o Banco Central inicie um ciclo de cortes na taxa Selic já na próxima reunião do Copom, agendada para 10 de dezembro. Alban enfatizou a necessidade de um pacto nacional para garantir a queda sustentável dos juros, envolvendo um ajuste fiscal e a recuperação da confiança nas contas públicas.

