Mercado brasileiro enfrenta ‘ressaca’ após decisão cautelosa do Copom

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, surpreendendo o mercado que esperava sinais de cortes. A decisão, anunciada na última quarta-feira, não apontou para a possibilidade de redução da taxa de juros, levando a uma expectativa de ‘ressaca’ na Bolsa, que havia alcançado recordes históricos recentemente.

O comunicado do Copom revelou um tom mais duro, indicando a necessidade de uma política monetária restritiva por um período prolongado para controlar a inflação. Com essa nova diretriz, os analistas preveem que a sessão seguinte será marcada por um ajuste negativo no Ibovespa e um aumento nas taxas de juros futuros, refletindo a decepção do mercado com a falta de perspectiva de cortes na Selic.

As consequências dessa postura do Banco Central podem reverberar na economia brasileira, especialmente em um ano eleitoral, quando a política fiscal é um tema sensível. Autoridades como o ministro da Fazenda já expressaram preocupação com a taxa atual, considerada excessivamente restritiva, o que pode dificultar o crescimento econômico e afetar as contas públicas. A expectativa é de que o Copom revele mais informações sobre possíveis cortes na taxa em reuniões futuras, conforme a inflação e a atividade econômica evoluírem.

Compartilhe esta notícia