O Senado brasileiro aprovou na quarta-feira, 5 de novembro de 2025, uma proposta que isentará do Imposto de Renda todos os cidadãos que recebem até R$ 5.000 por mês. Essa mudança beneficiará cerca de 11 milhões de pessoas, que deixarão de declarar e pagar impostos a partir de 1º de janeiro de 2026. A expectativa é que o número de contribuintes caia de 44 milhões para aproximadamente 34 milhões no próximo ano.
A isenção foi uma promessa de campanha do presidente Lula e, segundo estimativas do governo, deve reverter a base de pagadores ao nível observado durante a pandemia em 2020. Esta decisão política, que não teve um cálculo técnico para a definição do teto de R$ 5.000, é vista como um passo em direção à justiça social, mas também levanta preocupações sobre a redução da arrecadação fiscal no país.
Com a aprovação da isenção, o Brasil pode enfrentar uma piora em sua posição em rankings internacionais que avaliam a proporção de pagadores de impostos. A medida é especialmente relevante para as regiões Sul e Sudeste, que possuem uma maior concentração de trabalhadores formais. O governo agora se prepara para lidar com as consequências sociais e econômicas dessa mudança tributária.

