Juros reais do Brasil alcançam 9,74%, segundo maior do mundo

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O Brasil enfrenta um aumento significativo em sua taxa de juros reais, que atingiu 9,74%, conforme estimativas da consultoria MoneYou. Esta taxa, que se posiciona como a segunda maior globalmente, foi anunciada no dia 5 de novembro de 2025, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por manter a Selic em 15% ao ano. O cálculo realizado pelo economista da MoneYou, Jason Vieira, indica uma elevação em relação aos 9,51% registrados em setembro do mesmo ano.

O relatório da MoneYou, que considera projeções para os próximos 12 meses, revela que o Brasil só perde para a Turquia, que tem uma taxa de 17,80%. Além disso, o país apresenta o quarto maior juro nominal do mundo, atrás de Turquia, Argentina e Rússia. A manutenção da Selic é uma estratégia do Copom para controlar a inflação, que atualmente se encontra acima do alvo estabelecido pelo Banco Central, com a taxa anualizada do IPCA em 5,17% em setembro.

A situação econômica do Brasil traz desafios para o governo, que busca estabilizar a inflação e promover um crescimento sustentável. Analistas do mercado financeiro projetam que a inflação poderá encerrar 2025 em 4,55%, ligeiramente acima do teto da meta. O Copom, que conta com a liderança do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e diretores indicados pelo governo, continua monitorando a situação para ajustar as políticas monetárias conforme necessário.

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