O Banco Central do Brasil anunciou em 5 de novembro de 2025 a manutenção da Taxa Selic em 15% ao ano, decisão que foi unânime entre os membros do Comitê de Política Monetária (Copom). Essa é a segunda vez consecutiva que a taxa é mantida nesse nível, o maior desde julho de 2006, refletindo a desaceleração da economia e o recuo da inflação, que ainda permanece acima do teto da meta estabelecida.
O Copom utiliza a Selic como principal ferramenta de controle da inflação, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentando alta de 5,17% acumulada em 12 meses. Apesar da pressão inflacionária, o IPCA-15 de outubro mostrou uma desaceleração, em parte devido à queda nos preços dos alimentos. O novo sistema de meta contínua, em vigor desde janeiro, estabelece uma meta de inflação de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
As implicações dessa decisão são significativas, pois a Selic elevada encarece o crédito, desestimulando o consumo e a produção, o que pode impactar o crescimento econômico. A projeção do Banco Central para o crescimento do PIB em 2025 foi reduzida, enquanto o mercado estima uma expansão um pouco maior, de 2,16%. A próxima atualização das previsões de inflação e crescimento será divulgada no final de dezembro, à medida que o cenário econômico evolui.

