O Brasil registrou um juro real de 9,74%, ocupando a segunda posição no ranking mundial por cinco meses consecutivos, atrás apenas da Turquia, que apresenta 17,8%. Em maio, o país estava em terceiro lugar, com uma taxa de 8,65%, mas desde junho se consolidou na vice-liderança, segundo dados do economista-chefe Jason Vieira, da MoneYou e Lev Intelligence.
A manutenção da taxa Selic em 15% após a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) impacta diretamente essa classificação. Apesar da queda da inflação e da desvalorização do dólar, a análise aponta que incertezas inflacionárias e questões fiscais continuam a pesar na economia brasileira, afetando as expectativas para o futuro.
Esse cenário levanta preocupações sobre o crescimento econômico e a capacidade do Brasil de atrair investimentos. Com a Turquia e a Rússia em primeiro e terceiro lugar, respectivamente, o ranking revela uma competição acirrada entre as economias, destacando a necessidade de atenção a políticas fiscais que possam estabilizar a situação econômica no Brasil.