Cancelamento de princesa belga na Bienal de SP gera controvérsia

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 1 min.

A participação da princesa Marie-Esmeralda, da Bélgica, em um debate programado para a Bienal de São Paulo nesta quinta-feira, 5, foi cancelada de forma inesperada. A Fundação Bienal comunicou que a decisão foi tomada devido a preocupações com a segurança, alinhada à avaliação da curadoria da 36ª Bienal, que considera o legado colonial belga e seus impactos na temática da exposição.

O cancelamento está intimamente ligado ao parentesco da princesa com o rei Leopoldo II, cujo reinado é historicamente marcado pela exploração e morte de milhões de africanos. Apesar disso, Marie-Esmeralda se distancia desse passado, fazendo apelos pela remoção de estátuas de seu bisavô na Bélgica e liderando iniciativas de conservação ambiental através do Fundo Rei Leopoldo III, criado por seu pai.

A princesa, que é uma figura proeminente na defesa do meio ambiente, também está programada para participar da COP30 em Belém, no Pará, que começará na próxima segunda-feira, 10. O cancelamento de sua participação na Bienal levanta questões sobre o impacto de legados históricos nas discussões contemporâneas e a forma como eventos culturais lidam com tais sensibilidades.

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