O Brasil observou um aumento considerável na proporção de famílias compostas por casais sem filhos, que saltou de 14,9% em 2000 para 26,9% em 2022. Essa informação foi revelada no Censo 2022 e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 5 de novembro de 2025. O crescimento reflete mudanças sociais significativas nas últimas duas décadas.
De acordo com o IBGE, a nova configuração familiar inclui lares onde residem apenas os cônjuges, assim como aqueles que convivem com parentes que não são filhos. O estudo destaca que a maior participação das mulheres no mercado de trabalho e as baixas taxas de fecundidade contribuíram para essa transformação. Além disso, a pesquisa também revelou que pela primeira vez desde 2000, menos da metade das famílias brasileiras é composta por casais com filhos.
O aumento de casais sem filhos também coincide com o crescimento das unidades domésticas unipessoais, que passaram de 12,2% em 2010 para 19,1% em 2022. Esses dados indicam uma tendência de individualização nas estruturas familiares, que pode ter implicações profundas nas políticas sociais e na economia do país. A mudança nas dinâmicas familiares exige atenção das autoridades para adequar serviços e políticas públicas às novas realidades sociais.