Pesquisadores de paleontologia apresentam uma nova abordagem para identificar o sexo de dinossauros, focando nas lesões ósseas encontradas em hadrossauros. O estudo, publicado na revista iScience, sugere que essas cicatrizes, localizadas nas vértebras, podem ser indicativas de comportamento de acasalamento. A pesquisa foi realizada por uma equipe internacional que analisa fósseis de diferentes regiões, incluindo Canadá e Rússia.
As lesões observadas nas vértebras indicam que os machos podem ter causado danos às fêmeas durante o acasalamento, um padrão que foi identificado em diversas espécies de hadrossauros. Os pesquisadores analisaram quase 500 fósseis e descobriram que as fraturas e deformidades eram semelhantes entre os espécimes. Segundo o Dr. Filippo Bertozzo, um dos autores do estudo, essa nova descoberta pode revolucionar a forma como os cientistas compreendem as diferenças entre os sexos na era dos dinossauros.
Se confirmada, a hipótese pode trazer implicações significativas para a pesquisa paleontológica, permitindo a identificação de características sexuais que antes eram atribuídas a novas espécies. Os pesquisadores planejam expandir seus estudos para fósseis de outras regiões e utilizar simulações computacionais mais avançadas. Contudo, especialistas alertam que mais evidências são necessárias para validar essas conclusões.