Brasil propõe imposto global para financiar ações climáticas na COP30

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Durante a COP30 no Pará, o Brasil apresentou uma proposta que sugere a criação de um imposto internacional de 0,5% sobre transações financeiras, com potencial de arrecadar até US$ 900 bilhões. Essa medida faz parte do documento intitulado “Roteiro de Baku a Belém”, que visa buscar recursos para enfrentar a crise climática. A proposta é uma resposta à necessidade de financiamento para ações que combatam as mudanças climáticas em nível global.

O relatório brasileiro destaca que os investidores institucionais controlam mais de US$ 180 trilhões, e uma realocação de apenas 0,5% poderia gerar recursos significativos para mitigar emissões e limitar o aumento da temperatura global. Além do imposto internacional, o documento também menciona a possibilidade de tributar indivíduos de altíssimo patrimônio e setores poluentes. Essas iniciativas visam arrecadar os recursos necessários para alcançar a meta de US$ 1,3 trilhão por ano para medidas climáticas.

Embora a proposta de um imposto internacional represente uma inovação no financiamento climático, o relatório alerta para a necessidade de considerar os impactos negativos sobre as prioridades de desenvolvimento e os mecanismos de redistribuição. O sucesso dessas iniciativas dependerá da colaboração internacional e da disposição dos países em adotar medidas que beneficiem o planeta como um todo, especialmente em tempos de crescente crise ambiental.

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