Tragédia de Mariana: dez anos de dor e luta por reparação

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Em 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, resultou em uma das maiores tragédias ambientais do Brasil, deixando 19 mortos e devastando comunidades inteiras. Mirella Lino, uma jovem de 27 anos, é um exemplo da luta diária enfrentada por aqueles que perderam suas casas e suas referências, tendo que conciliar trabalho, estudos e compromissos com a Comissão de Atingidos pela barragem.

A tragédia não apenas destruiu fisicamente o distrito de Bento Rodrigues, mas também deixou marcas profundas no tecido social, afetando emocionalmente as pessoas que viviam ali. Muitas famílias, como a de Mirella, enfrentam o estigma e a instabilidade, enquanto tentam reconstruir suas vidas longe de suas comunidades afetadas. A pesquisa da doutoranda Elodia Honse revela que jovens que cresceram após o desastre ainda tratam os impactos emocionais e sociais resultantes da perda de laços comunitários e da mudança forçada de residência.

A luta por reparação financeira e emocional continua, com críticas à atuação da Fundação Renova, responsável por coordenar as ações de compensação. Apesar dos esforços de indenização, os atingidos sentem que o que foi perdido não pode ser refeito, e a sensação de desamparo persiste. A história de Mirella e de outros jovens reflete um desafio contínuo para a sociedade brasileira, que ainda busca justiça e a reconstrução do que foi destruído pelo desastre.

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