A PRIO, uma das principais petroleiras do Brasil, reportou um lucro líquido de US$ 64 milhões no terceiro trimestre de 2025, representando uma diminuição de 59% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi divulgado nesta terça-feira (4) e foi afetado por um imposto diferido, decorrente da valorização do real frente ao dólar, que alterou a base tributável da empresa.
O lucro líquido ajustado (ex-IFRS 16) ficou em torno de US$ 92 milhões, uma queda de 44% em comparação ao terceiro trimestre de 2024. Apesar dessa redução, a PRIO viu um aumento significativo em sua receita total, que alcançou US$ 607 milhões, com um crescimento de 22% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Esse crescimento foi impulsionado por um aumento de 26% na produção e um crescimento de 36% nas vendas, mesmo com a queda de 13% no preço médio do Brent.
O Resultado Operacional da empresa manteve-se estável, totalizando US$ 349 milhões, enquanto os custos de produtos vendidos aumentaram 118%, refletindo a maior volume de vendas e a incorporação do campo de Peregrino. Este cenário levanta questões sobre a sustentabilidade desse crescimento em um contexto de preços voláteis do petróleo, além de desafios financeiros com um resultado negativo significativo em juros, que pode impactar futuros investimentos da companhia.

